terça-feira, 2 de julho de 2013

Quem tem Sede Venha a Mim e Beba - João 7:37

“QUEM TEM SEDE VENHA A MIM E BEBA”
Um Apelo para Almas Sedentas


João 7:37

“E, no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.”


INTRODUÇÃO


Era a última passagem de Jesus pela cidade de Jerusalém e também sua última entrada no templo, porque logo, não teria outra oportunidade, já que seria crucificado e morto.

O seu apelo também foi dirigido para os que estavam no templo comemorando o último dia da grande festa que era a última festa do ano chamada de festa das cabanas ou dos tabernáculos. 

Jesus passou por muitos lugares em suas longas caminhadas e em alguns lugares pela última vez:

 Em Jericó, curou ali um cego; Pelo poço de Betesda (ovelhas), curou um paralítico.
Por Jerusalém, pelo templo e ali fez o seu último apelo dirigido aos religiosos e ao povo daquela época. 

De pé, Jesus exclamou: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.”
Os gregos falavam da ansiedade como uma forma de sede da alma.
Na verdade a maior dor física do corpo humano é a sede, levando pela falta de água, o homem , a alucinações e delírios chamados também de miragem.


Davi fala de um momento difícil de sua vida e lamenta a ausência de Deus, quando se expressa no salmo: “A minha alma tem sede do Deus vivo.”
A razão pode se alimentar de argumentos, filosofia e até religiosos, porém há uma sede que o homem traz em seu interior que é própria da alma imortal que deseja e anseia por imortalidade quando invoca a presença do Deus Vivo.

É a sede que somente é saciada no poço das águas vivas que é Jesus, que tem uma água que salta para vida eterna.

MIRAGEM

A maior dor que existe é a dor da ausência de água. É na ausência de água que o organismo procura um meio de se adaptar a tal situação. A partir daí o próprio organismo começa a ter alucinações como se fossem verdadeiras no sentido de saciar a sede.

Muitos têm buscado saciar sua sede nas miragens que a religião formula e oferece, que nem sequer atendem a razão, quanto mais a sede da alma.

Muitos morrem secos e sedentos nos poços das miragens, no engano das águas encachoeiradas, levados junto com os que estão caminhando no deserto da vida, enfrentando as areias escaldantes e a sede da alma que os leva à morte.

O fenômeno da sede é imperceptível pelas pessoas que estão em nossa volta.
Ninguém pode penetrar nesse estado ou fenômeno. Os sentimentos da alma só encontram guarida numa experiência com o Deus vivo, porque a alma é imortal e anseia por vida e pelo encontro com o autor da vida, o seu Criador. Jesus é esta fonte da vida e pelo Espírito Santo penetra na necessidade do homem, num encontro de vida.

O anseio pela água é a sede da alma, que só pode ser saciada no poço das águas vivas, que é Jesus. “Eu sou a água da vida, quem bebe desta água jamais terá sede.”

FESTA DOS TABERNÁCULOS - BREVE PASSAGEM DO HOMEM POR ESTA VIDA -

A Festa dos Tabernáculos era a última festa do ano, também chamada de Festa das Cabanas, onde o povo se deslocava dos vários lugares de Israel para assistir a cerimônia que se processava nos sete dias de festa.

As cabanas eram construídas para relembrar a passagem pelo deserto.
As casas eram feitas de folhas de palmeiras, de salgueiros e outras plantas da região.

- Salgueiros: falam da construção da vida do homem em lugares baixos.

Salmo 137 - cativeiro
- saudades
- desterro
- lembranças

- Tamargueira (tipo de palmeira que cresce no deserto) - “O justo cresce como a palmeira.”

Ninguém vê - sem água - água da vida
Revelação - muito sol - sol da justiça
frutos adocicados pelo calor das areias do deserto. “Alimento para os viajantes e sombra para o descanso.”

Um dia tudo iria acabar - “o vento, o sol, a chuva iria destruir aquelas cabanas e a festa também.”
Jesus mostrou que aqueles festejos só tinham sentido para os religiosos. 

Por isso, naquele dia, o último dia da grande festa, Jesus exclamou: “Quem tem sede venha a mim e beba.”

Era a última festa do ano, a colheita dos cereais e dos pomares já estava feita e tudo já deveria estar nos celeiros porque o inverno também iria chegar.

A festa está para nós também na mesma condição. A colheita está sendo concluída e o tabernáculo nos espera.

É tempo de preparo. O apelo é o mesmo: “Tem sede, venha a mim e beba”, porque em breve tudo terá fim. As areias cobrirão as casas e as folhas secarão e tudo que o homem construiu é provisório e se desfará.

A festa que o mundo oferece é apenas liturgia, alimenta a razão, talvez, é fugaz, momentânea, porém não atende os anseios da alma sedenta a ponto de secar-se e morrer na ilusão das miragens.

O apelo é o mesmo, para o nosso tempo, como foi naquele dia.

“...Se alguém tem sede, que venha a mim e beba.”

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