terça-feira, 2 de julho de 2013

O Louvor da Igreja Fiél

O LOUVOR  DA  IGREJA  FIEL

Ap. 15: 3 e 4  -  E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso!  Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.
Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome?  Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.


O Senhor quer tudo novo para esta Obra, que é do Espírito Santo.
Os irmãos já tiveram uma aula sobre os Fundamentos da Obra, onde foi feita uma comparação entre a obra de Saul e a obra de Davi, mostrando como ambos procederam diante do Senhor e como terminaram os seus dias aqui.
Quando Davi foi lutar contra Golias, aquilo já era um indicativo do término do reinado de Saul.
Saul tinha desagradado ao Senhor, ele era desobediente, ele não valorizou aquilo que Deus havia colocado em suas mãos, ele desprezou a arca.  Saul fazia o que ele achava que era melhor, ele era um homem de boas idéias e o povo acompanhava porque ele era o rei e não tinha outro jeito.
Davi surgiu num momento difícil para Israel.  O gigante filisteu estava desafiando os exércitos de Israel e não havia ninguém que o enfrentasse.  Davi ofereceu-se para combatê-lo e Saul, então, colocou a sua própria roupa à disposição de Davi.
Davi vestiu a roupa do rei, mas não conseguiu andar com ela, por isso tirou-a e ficou com a dele mesmo.  Esta Obra não anda com a roupa de Saul.  Ou muda tudo, ou volta ao que era.  Ministério, Palavra revelada, corpo, louvor, tudo isso tem que ter um fundamento novo.
O Senhor quer uma coisa nova para o seu povo e isso não exclue os louvores revelados aos servos do passado, servos que foram usados, que tiveram experiências com o Senhor.
Quando nós louvamos ao Senhor com estes louvores revelados àqueles irmãos, nós renovamos a nossa confiança no Senhor e os sentimentos daqueles que já passaram, que foram antes de nós.

Origem do louvor da Igreja Fiel.

O primeiro entendimento a respeito do louvor da Igreja Fiel é o de que ele vem da eternidade.  O louvor da Igreja Fiel tem a sua origem na eternidade.
Quando Deus cria o homem, Ele cria um agente de união entre o homem e Deus, que é o responsável para transmitir o pacto, a herança.
Tudo o que se passa na Igreja Fiel tem que ter origem na eternidade porque só vai entrar na eternidade o que vem da eternidade.  Nada entra na eternidade se não vier da eternidade, esse foi o motivo pelo qual Deus enviou Jesus para derramar o seu sangue, uma vida eterna, para que o homem pudesse estar com Ele na eternidade.
O homem tem direito à eternidade quando ele recebe o sangue da eternidade, que é o Espírito Santo, só assim ele tem condição de voltar à eternidade porque é um homem resgatado por Deus.
O louvor está todo dentro deste contexto, portanto, a origem desse louvor é a eternidade.

A finalidade.

Quando Deus cria o universo, inclusive o homem, Ele cria para a adoração ao seu nome.
A primeira expressão da Bíblia é No Princípio, que em hebraico é bereshit.  Desta palavra bereshit derivam muitas outras, e uma delas é  shirtaev, que quer dizer louvor anelado.  Deus anelava um louvor do seu povo.
O universo (e tudo que nele há) foi criado para glorificar a Deus.  A Igreja Fiel tem esse compromisso, mas quando ela sai dele, quando ela deixa de atender àqueles princípios básicos, essenciais, esse pacto é quebrado.

O conteúdo.

O conteúdo do louvor é poético, é profético e é doutrinário.

Poético  -  Ele é poético porque é a expressão dos nossos sentimentos, daquilo que nos sensibiliza.  Se eu fosse um poeta, eu poderia escrever alguma coisa que me sensibilizou neste dia, das flores, dos pássaros que cantam logo pela manhã, do sol, eu não falaria do frio, mas falaria da beleza, porque tudo isso é obra da criação de Deus.

Profético  -  Mas se a poesia não vier acompanhada daquilo que é profético, não terá ligação com a eternidade, ela estará ligada somente com a obra criadora.
O segredo do louvor profético é referir-se à obra redentora.
A obra redentora é profética porque ela é eterna, é o tempo de Deus.  Na eternidade o tempo não é contado, nada morre, nada perece, mas se vive mais e mais, é o tempo que a alma conduz porque ela é imortal.  A obra criadora vai passar, ela é temporal.
O louvor é, essencialmente, da alma.  O louvor que agrada a Deus resulta de uma alma remida, se não for assim, ele não chega à eternidade (porque só entra na eternidade aquilo que veio da eternidade).  Só a alma remida pode levar à eternidade, ao trono de Deus, o louvor da Igreja Fiel.

Doutrinário  -  O louvor é doutrinário quando a sua mensagem fala de uma obra que Deus quer realizar, porque há uma obra que Deus quer fazer.
Nós estamos cantando a obediência, nós estamos cantando a salvação, o perdão de Deus, o arrebatamento, a ressurreição, portanto, nós estamos cumprindo, cabalmente, o objetivo do louvor a Deus.

A fonte de inspiração.

O louvor da Igreja Fiel não tem como fonte de inspiração a razão humana, a sua fonte de inspiração é a Palavra.  O louvor que não vem da Palavra, ele não tem significado porque ele não veio da eternidade.
A Palavra é a base, é o fundamento do louvor da Igreja Fiel.
A Palavra diz:  Jesus virá!  Então, quando eu canto alguma coisa que diz: Jesus está vindo!  Jesus está voltando!, eu não estou cantando de acordo com  o que a Palavra diz, a minha mensagem é diferente daquela que está na Bíblia, daquela que é profética.
A Palavra tem três elementos fundamentais e que estão relacionados com o seu Autor.  São eles: Fé, Esperança e Amor.
A Fé é a confiança que temos naquele homem que um dia foi para uma terra distante e que vai voltar.
A Esperança é que Ele vai voltar e nós iremos com Ele.
Um dos nossos diáconos compôs um louvor chamado Ele um dia voltará, e nesse louvor ele fala dessa fé, dessa esperança que a Igreja tem no seu Autor, na sua Palavra.
O Amor é esse grande amor, que é o amor de Deus.  É fundamental que o louvor fale desse grande amor.  É o grito de dor do Pastor pela ovelha, é a paixão do Pastor pela ovelha, é a sua morte na cruz do calvário.
A Igreja tem que cantar isso porque esse é o projeto de Deus, mas para cantar, ela tem que sentir, por isso ela tem que ser fiel.
O irmão que compôs o louvor O meu amado desceu ao seu jardim morreu ainda jovem, vítima de um câncer, e no dia do seu sepultamento a mensagem foi Hoje o Senhor colheu um lírio do seu jardim, e a Igreja cantou esse louvor.  Todas as vezes que cantamos esse louvor, nós nos lembramos daqueles que estão sendo colhidos, dos fiéis, que estão sendo levados para a eternidade.

O louvor consolida o pacto e a herança.

A Igreja profetiza os atos poderosos de Deus, ela canta as vitórias todos os dias, mas, principalmente, ela fala de um pacto feito na eternidade e ela só fala desse pacto se ela sentir.
Muitos que compuseram louvores passaram pelas lutas que são parte do sofrimento de Jesus.
O pacto foi firmado lá na eternidade.  O Pai disse ao Filho: Você vai descer e ser o mais indigno dos homens e vai morrer por eles.
Jesus desceu da sua glória e se fez o mais indigno dos homens, Ele foi desprezado, varão de dores, ninguém fazia caso dele.
E nos últimos dias Ele pediu ao Pai que mostrasse onde Ele morava, quem era Ele, dizendo: E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. (Jo. 17:5)
Jesus não era aquele que não tinha onde reclinar a sua cabeça, doente, desprezado, isso fazia parte do pacto.  Se a Igreja não sentir isso, ela não está cantando os louvores da eternidade.
A Igreja Fiel é responsável de transmitir esse sentimento de gratidão, nós não somos irresponsáveis, não podemos cantar qualquer coisa.  Quando nós cantamos os louvores do Senhor, o nosso coração tem que estar ligado à eternidade.
Os cânticos da Igreja são cânticos de glória, ela está consolidando esse pacto, que é a herança, que é a vida eterna.  A Igreja Fiel canta a vida eterna porque ela vive isso, é a experiência dela.
Cada dia mais a Igreja caminha para um processo difícil onde todos nós precisamos colocar as nossas dificuldades diante do Senhor porque só assim estaremos preparados para, a qualquer momento, partir com o Senhor.
O louvor Há uma luz a brilhar fala das maravilhas da eternidade, da revelação, daquilo que iremos partilhar um dia.

O selo.

A proclamação da Igreja neste louvor tem que ser autêntica, e para comprovar essa autenticidade tem que haver o selo.  Todo o louvor ao Senhor tem que ter o selo, que é o clamor pelo sangue de Jesus.
No clamor pelo sangue de Jesus, a retirada do selo, a autenticidade da proclamação.  Naquele momento a Igreja vive a comunhão e a graça.  Quando ela louva, é como expressão de vida.  Quando ela diz: Jesus vem!, ela não está simplesmente cantando, mas ela também está vivendo isso porque ela está pregando, ela está anunciando, ela está proclamando, ela está testemunhando, porque o seu louvor é o resultado da sua experiência, é uma expressão viva.
Quando a Igreja fala nas aflições, ela viveu a aflição.  Quando ela fala na libertação, ela viveu a libertação.
O louvor da Igreja Fiel é uma proclamação que vem da eternidade.  O anjo trouxe um louvor e o revelou a um servo.  Quando aquele louvor for entoado, aquele mesmo anjo que o trouxe estará em outro lugar operando a mesma maravilha.  Por exemplo, o anjo veio aqui operar uma cura ontem durante um louvor, quando esse louvor for cantado por revelação em outro lugar, esse anjo vai estar lá para realizar a mesma operação que ele realizou ontem aqui, porque os anjos têm ordenações, eles vêm para momentos especiais.

Expressão de uma alma remida.

O louvor não é simplesmente uma gritaria, nem é um acende e apaga, ele não é carne.  O louvor é um sentimento profundo da alma remida que canta o cântico de vitória todos os dias.
A Igreja não canta a derrota porque ela é vitoriosa, o compromisso dela é o compromisso da salvação, por isso, todas as vezes que ela está louvando, o Espírito Santo está operando no processo de salvação através de testemunhos e atos libertadores.
Quando um servo lia o salmo 33, o Senhor lhe mostrou, numa visão, os acordes e a letra de um louvor.
Quando a Igreja canta, ela canta o amanhã, ela canta a eternidade, ela canta os atos gloriosos do poder de Deus, da sua graça, ela profetiza, e quando ela profetiza, o Espírito do Senhor está pairando sobre o seu povo.

O louvor no culto.

Na prática, o culto se inicia com a invocação e comunhão, é no clamor, é no sangue, é no Espírito, é na presença do Espírito, é pelo Espírito de Jesus.
Há um momento de dedicação, a adoração ao Senhor.
O culto é uma batalha que se trava.  Os primeiros resultados aparecem logo após o clamor, as pessoas foram libertas, elas chegaram oprimidas, cheias de cargas, o nosso peso, mas agora o fardo foi deixado aos pés de Jesus.  A luz brilhou, o adversário bateu em retirada, o povo foi liberto, Deus vai fazer a obra.  Agora é vitória, é edificação, é adoração.
E por fim, o grito de vitória, a glorificação plena, aquilo que queríamos cantar no primeiro momento, mas que só podemos cantar depois de termos sido libertos, depois de termos expressado a nossa dedicação, a nossa adoração ao Senhor.
É a glória de Deus sobre o povo, toda a obra realizada naquele momento, quando os anjos estão levando os recados da parte do homem para Deus.
Os anjos se apresentam diante de Deus e dão os seus relatórios sobre aquilo que foi feito naquele dia.  É o final de mais um dia da nossa existência onde tudo foi acompanhado pelos louvores dos santos.

Amém.

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